terça-feira, 11 de novembro de 2014

A fábula petista

No artigo abaixo, Frei Betto cumpre o seu papel de militante de esquerda, petista desde a origem da legenda, analisando o comportamento de algumas lideranças e liderados que se "descolaram" das bases e das propostas essenciais à existência e ao fortalecimento do partido, emanadas em seu nascedouro. A análise resvala, ainda, na realidade mal-cheirosa e repugnante da política brasileira, das práticas asquerosas e corruptas que se inauguraram - ao contrário do que pensam críticos sempre de plantão, dispostos a malhar o "Judas" da política, para a classe média - mas realizador dos sonhos populares brasileiros - no descobrimento do nosso país. 

Tenho, ainda, muito respeito e admiração pela grande maioria dos nossos líderes e militantes. E até dos que, por desventura ou por maledicência midiática repetitiva, que transforma mentiras em verdades, supostamente afastaram-se do seus ideais primeiros, tão nobres. 

A análise que faz o nosso companheiro Frei Betto não é desesperançada ou definitiva, em suas decepções. Antes, traz nas entrelinhas a esperança e a confiança veladas em uma guinada à esquerda de nossa maior liderança eleita, neste momento: a presidenta Dilma Vana Roussef. Eu também tenho essa esperança e essa confiança. Porque acredito, plenamente, que nenhuma outra representação partidária fez tanto por um país em tão pouco tempo. Um país mal colonizado e mal resolvido em suas mais remotas contradições históricas, saqueado e aviltado por suas posições (até pouco tempo) amedrontadas diante dos neocolonizadores, uma Nação massacrada por longo período ditatorial (em que padeceram, também, a Dilma e muitos dos nossos combativos companheiros). Uma pátria sem futuro, em muitos de seus momentos: sem crédito, sem infraestrutura, sem emprego, sem saúde, sem produção, à espera eterna do crescimento de um bolo ilusório para ser repartido. Uma nação que foi a última a abolir a escravidão!

A história, como os números, não mente. Não há como negarem os avanços de (apenas) doze anos, num universo de 514 anos. Que os dedos nas chagas, os puxões de orelha, vindos de quem de direito, como o Frei Betto, sejam bálsamo para as feridas (poucas, mas profundas, até pela exposição diferenciada e implacável a que são submetidas) que marcaram a história do PT. 

Eu continuo acreditando no meu partido, no meu país e naqueles (as) que pretendem continuar construindo o bem comum, mesmo com percalços, com falhas e sem a agilidade que quem esperou 500 anos, naturalmente, anseia. 

E desejo muito que os críticos "só por serem" - esses algozes sem criatividade e sem proatividade, à beira da estrada, apontando o dedo e zombando da caravana que se move - e não os analistas - principalmente os da estatura de Betto - sejam silenciados com obras, com mais avanços, com mais educação, mais moradia, mais saúde, mais comida na mesa, mais cidadania, mais alegria e congraçamento do povo brasileiro. Para que os que assim não desejam e para isso não torcem, possam se auto degredar em um canto qualquer de mundo e lá remoer suas angústias, egoístas insatisfações e indignações seletivas, "ad aeternum".

Leiam:

http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/11/1545106-frei-betto-a-fabula-petista.shtml

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